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31/12/23

Arte Religião - O Mosteiro de Santa Maria de Salzedas situa-se na freguesia de Salzedas, concelho de Tarouca, Portugal.



«Mosteiro de Santa Maria de Salzedas

O Mosteiro de Santa Maria de Salzedas situa-se na freguesia de Salzedas, concelho de Tarouca, Portugal. Pertencente à Ordem de Cister, data do século XII, e o seu espaço foi doado pela mulher de D. Egas Moniz.

Sofreu obras de ampliação nos séculos XVI, XVII e XVIII, nomeadamente ao nível da fachada e dos claustros.

O Mosteiro surpreende-nos no meio do casario do pequeno burgo, que se formou em seu redor, e a sua imponência está marcada por vários estilos decorativos que foi acumulando ao longo do tempo, desde o românico até a um mais tardio, o barroco.

Classificado como Monumento Nacional é mais um exemplar da Ordem de Cister. Chegou a ser um dos mais ricos mosteiros portugueses, detentor de uma biblioteca notável. Actualmente representa um ponto de visita incontornável pela história e riqueza estilística que encerra.» in https://www.guiadacidade.pt/pt/poi-mosteiro-de-santa-maria-de-salzedas-20747


(Monastery of Santa Maria de Salzedas - 4K Slideshow - Portugal)


(CISTER em Portugal | Mosteiro de SALZEDAS | Tarouca)


(Tarouca, Mosteiro de Sta Maria de Salzedas)

#lamego    #tarouca    #mosteirodesantamariadesalzedas     #ordemdecister

29/12/23

Monumentos Nacionais - A Rede de Monumentos do Vale do Varosa entrou em pleno funcionamento, com a inauguração dos Centros Interpretativos do Convento de Santo António de Ferreirim, em Lamego



«Convento de Ferreirim integra Rede de Monumentos do Vale do Varosa

A Rede de Monumentos do Vale do Varosa entrou em pleno funcionamento, com a inauguração dos Centros Interpretativos do Convento de Santo António de Ferreirim, em Lamego, e do Mosteiro de São João de Tarouca, presidida pelo Ministro da Cultura, Luís Filipe Castro Mendes. O governante aponta este projeto como um exemplo da dinâmica cultural que deve ser implantada em todo o país, através da criação de “redes de colaboração que são absolutamente essenciais”. Dinamizado pelo Museu de Lamego, este projeto integra ainda o Mosteiro de Santa Maria de Salzedas, a Capela de São Pedro de Balsemão e a Ponte Fortificada de Ucanha.

A monumentalidade e o elevado valor arquitetónico do Convento de Santo António de Ferreirim e do seu espólio artístico ganham assim uma nova atratividade com a instalação de um centro interpretativo no interior do imóvel. O novo serviço está dotado com moderno equipamento multimédia que narra a história do antigo mosteiro franciscano, dando especial enfoque às pinturas dos “Mestres de Ferreirim”.

Na sessão de inauguração do Centro Interpretativo do Convento de Ferreirim, Francisco Lopes, Presidente da Câmara Municipal de Lamego, sublinhou que “muito mais importante do que a rede física, é a rede de colaboração, de confiança, de entreajuda que se tem estabelecido entre um conjunto de entidades”, como as autarquias, a Direção Regional de Cultura, o Museu de Lamego, o Museu do Douro e a Diocese de Lamego. O autarca afirmou ainda que, apesar de se tratar de monumentos situados em dois concelhos distintos, este é um “território sem fronteiras”, porque o que importa é que os turistas conheçam a região, passem a palavra e dinamizem “as estruturas económicas, que vivem muito à custa do turismo”.

Alertando que o atual turismo do Douro ainda é “muito excursionista”, Francisco Lopes referiu a necessidade de se prolongar a estadia dos turistas na região, nomeadamente através da cultura. Neste âmbito, lamentou que “nem tudo está feito”, ilustrando com os casos do “Museu de Lamego, riquíssimo, mas que peca por ter uma estrutura física bastante ultrapassada”, da igreja anexa ao Convento de Santa Cruz, “que necessita urgentemente de requalificação” e também da Capela de Nossa Senhora dos Meninos, no Bairro da Ponte.

Fonte: www.cm-lamego.pt» in http://noticiasdelamego.com/2016/07/convento-ferreirim-integra-rede-monumentos-do-vale-do-varosa/


(CONVENTO DE SANTO ANTÓNIO DE FERREIRIM)

(Convento de Ferreirim - Lamego)

(monumento@monumento | Convento de Santo António de Ferreirim)


"Eu Subi ao Monte
Canção de Grupo Renascer

Eu subi ao monte, pedi um milagre a virgem Maria
Para me ajudar, nada me faltar no meu dia à dia
Eu subi ao monte, pedi um milagre a virgem Maria
Para me ajudar, nada me faltar no meu dia à dia

Eu subi ao monte pertinho da cruz
P'ra beijar Teus pés, ó Meu bom Jesus
Eu subi ao monte pertinho da cruz
P'ra beijar Teus pés, ó Meu bom Jesus

No alto do monte, olhei para Virgem com amor profundo
P'ra acabar com a guerra, que alguém desespera e dê paz ao mundo
No alto do monte, olhei para Virgem com amor profundo
P'ra acabar com a guerra, que alguém desespera e dê paz ao mundo

Eu subi ao monte pertinho da cruz
P'ra beijar Teus pés, ó Meu bom Jesus
Eu subi ao monte pertinho da cruz
P'ra beijar Teus pés, ó Meu bom Jesus

A Virgem eu peço sua proteção, é de lamentar
O mundo qu' existe, tudo esta tão triste que me faz chorar
A Virgem eu peço sua proteção, é de lamentar
E o mundo qu' existe, tudo esta tão triste que me faz chorar

Eu subi ao monte pertinho da cruz
P'ra beijar Teus pés, ó Meu bom Jesus
Eu subi ao monte pertinho da cruz
P'ra beijar Teus pés, ó Meu bom Jesus

Eu já tenho medo de viver num mundo, num mundo assim
O mundo mudou, tudo acabou está chegar ao fim!
Eu já tenho medo de viver num mundo, num mundo assim
E o mundo mudou, tudo acabou está chegar ao fim!

Eu subi ao monte pertinho da cruz
P'ra beijar Teus pés, ó Meu bom Jesus
Eu subi ao monte pertinho da cruz
P'ra beijar Teus pés, ó Meu bom Jesus

Eu subi ao monte pertinho da cruz
P'ra beijar Teus pés, ó Meu bom Jesus
Eu subi ao monte pertinho da cruz
P'ra beijar Teus pés, ó Meu bom Jesus"


#lamego    #conventodeferreirim    #valedovarosa    #centrointerpretativo

17/12/23

Arte Religião - A Bíblia não menciona a presença de um burro e um boi no nascimento de Jesus Cristo, mas várias interpretações da Natividade incluem os animais.



«A Bíblia não refere animais no nascimento de Jesus, mas os presépios incluem-nos. Porquê?

A Bíblia não menciona a presença de um burro e um boi no nascimento de Jesus Cristo, mas várias interpretações da Natividade incluem os animais.

Em lares ao redor do mundo, decorações de Natal incluem representações da Natividade. Ornamentos, presépos, cartões e artesanatos caseiros perpetuam uma tradição que remonta ao início do Cristianismo.

Segundo a Britannica, as primeiras representações da Natividade datam do século IV, mas os detalhes evoluíram significativamente ao longo dos milénios. De facto, a conceção moderna e popular da cena não se alinha completamente com os evangelhos, relata o Grunge.

Os próprios evangelhos têm discrepâncias entre si sobre o nascimento de Jesus. Dois deles, incluindo Marcos — considerado o mais antigo — não mencionam o seu nascimento. A história da Natividade é encontrada em Mateus e Lucas, embora nenhum dos livros contenha todos os elementos populares.

Mateus menciona os três reis magos, a estrela e a ameaça do Rei Herodes; Lucas fala do presépio e dos pastores. As tendências estéticas e teológicas prevalecentes determinaram quais aspetos da Natividade foram incluídos na arte, e alguns elementos foram ocasionalmente proibidos pela igreja por violarem a doutrina.

Entre as características da Natividade que enfrentaram proibição estava a presença de animais, tipicamente um boi e um burro, que remonta às primeiras representações e não é mencionada em nenhum dos evangelhos.

O Papa Bento XVI, no seu livro “Jesus de Nazaré: As Narrativas da Infância”, atribuiu a presença deles a menções de ambos os animais noutras partes da Bíblia. Bento XVI foi consideravelmente mais recetivo do que alguns dos seus predecessores, garantindo que os animais ficassem nas representações da Natividade do Vaticano.

O Livro de Pseudo-Mateus incorpora elementos dos evangelhos de Mateus e Lucas, embora os eventos sejam rearranjados. Conforme Lucas, José e Maria viajaram para Belém para um censo, e um anjo informou os pastores sobre o nascimento de Cristo.

Segundo Mateus, três reis magos vieram prestar homenagem a Jesus após seu nascimento, e o Rei Herodes procurou a morte da criança. Mas Pseudo-Mateus inclui o burro que Maria montou a caminho de Belém e até tem um anjo ordenando que o animal se levante e leve Maria a um abrigo numa caverna.

Em Pseudo-Mateus, o burro de Maria e os bois de um estábulo amaram Jesus à primeira vista após visitá-lo. Animais raramente associados à Natividade ou ao Natal, como dragões, panteras e leões, também expressaram amor por Cristo.

Enquanto se escondiam noutra caverna de Herodes, Jesus e a sua família encontraram dragões, que o jovem Jesus rapidamente domesticou. Quando a sua família voltou ao deserto, foram acompanhados por panteras e leões, que amaram Cristo como o boi e o burro.

Segundo a professora Vanessa Corcoran, o Livro de Pseudo-Mateus, também conhecido como o Evangelho da Infância de Mateus, data do século VII. Corcoran credita o livro como o primeiro a incluir animais na Natividade. Mas a imagem popular — um boi e um burro ao lado de pastores, três reis magos, José e Maria e Jesus — terá nascido das cenas da Natividade ao vivo popularizadas por São Francisco de Assis no século XIII.

Francisco visitou Israel entre 1219 e 1220 e provavelmente foi essa visita que o inspirou a encenar uma representação ao vivo da Natividade em 1223. Com permissão do Papa Honório III, organizou a cena numa caverna fora de Greccio, Itália, naquele Natal.

O boi e o burro eram reais, mas Jesus foi representado por um boneco. Pelo menos uma testemunha relatou uma visão do boneco como o verdadeiro menino Jesus nos braços de Francisco, a chorar lágrimas reais, e o feno usado na cena foi posteriormente relatado como proporcionando curas a animais e pessoas.

ZAP //» in https://zap.aeiou.pt/biblia-animais-nascimento-jesus-presepios-572750


(O primeiro presépio da História)

(O Menino Jesus: A História da Natividade)

(História e significado do presépio na cena que retrata o nascimento de Jesus.)

#religião    #presépio    #nascimentodecristo    #representação    #animais

10/12/21

Religião - Uma estrutura piramidal com degraus, rodeada de paredes com pintura decorativa, esteve cerca de 200 anos escondida na capela-mor da Igreja de Santa Maria do Castelo, em Tavira, uma das cidades mais religiosas do Algarve, com 21 igrejas.


«Desvendado em igreja de Tavira achado que esteve escondido cerca de 200 anos

Uma estrutura piramidal com degraus, rodeada de paredes com pintura decorativa, esteve cerca de 200 anos escondida na capela-mor da Igreja de Santa Maria do Castelo, em Tavira, uma das cidades mais religiosas do Algarve, com 21 igrejas.

A estrutura, uma espécie de pedestal, designada por trono, é habitualmente usada para exibir aos fiéis a hóstia consagrada, mas, neste caso, nunca chegou a servir esse fim, já que a sua execução foi abandonada antes de estar terminada, e tapada. À sua frente foi colocada uma vitrina com a escultura de Santa Maria, padroeira daquela igreja.

A descoberta, no final de outubro, coincidiu com o arranque das obras naquela igreja, classificada como monumento nacional, o que levou a que se reparasse nas particularidades e símbolos inscritos no teto de um pequeno e escuro compartimento, contou à Lusa o pároco de Tavira.

“Esta descoberta foi fruto do facto de nós termos de arrumar e preparar uma série de coisas para a obra que se ia iniciar e, provavelmente, vai haver outras descobertas daqui em diante”, explicou Miguel Neto, notando que a igreja, afetada pelo terramoto de 1755, já foi alvo de várias intervenções.

O achado, que se encontra por detrás do retábulo da capela-mor, é um pequeno compartimento com um trono, elemento onde se expunha o Santíssimo Sacramento, cujo teto está pintado com símbolos alusivos ao culto da Eucaristia – cachos de uvas e trigo, a simbolizar, respetivamente, o vinho e o pão -, assim como com a inscrição da palavra Deus em hebraico.

Para aceder à estrutura é preciso atravessar uma das portas quase sempre encerradas do retábulo principal e subir uma pequena escadaria, para depois se encontrar o compartimento em madeira, durante tanto tempo escondido nas costas do altar.

Segundo Daniel Santana, historiador de arte, supõe-se que a estrutura era inicialmente para ser um retábulo eucarístico, ideia que “foi abandonada quando este ainda estava a ser feito, porque há falta de pintura em algumas zonas”, além do facto de o culto da Eucaristia ter sido “deslocado da capela principal para a capela lateral” da igreja, onde se encontra um retábulo eucarístico sensivelmente da mesma época.

“Neste caso, foi uma surpresa, porque é um achado que nos vem dar mais informação sobre a origem deste retábulo e a própria história da igreja. No fundo, vem acrescentar património ao património que já sabíamos que existia e vem levantar algumas questões”, referiu o historiador, que já trabalhou em Tavira, mas está agora ligado ao Museu Municipal de Faro.

O próprio retábulo da capela-mor é um dos poucos de arquitetura simulada existentes no Algarve, ou seja, trata-se de um retábulo “fingido”, em ‘trompe l’oeil’, em que se recorre à pintura ilusionista, dando uma ideia a três dimensões de colunas de mármore e outros elementos decorativos. Está atribuído ao pintor algarvio Joaquim Rasquinho.

“O trono e as paredes têm pintura ornamental com tons e formas muito características desta época. Estamos a falar de finais do século XVIII, em que o tardo-barroco e o rococó são estilos dominantes – ainda que nesta igreja já se respire um ar neoclássico -, com cores mais suaves, azuis e rosas”, descreveu Daniel Santana.

O achado vai agora ser alvo de uma intervenção de restauro, sendo que, segundo a conservadora restauradora Marta Pereira, o seu estado de conservação é “surpreendente”, pelo que não será difícil conseguir manter o que apelida de “documento histórico”.

Segundo a técnica da ArtGilão, empresa criada pelas igrejas de Tavira para recuperar, salvaguardar e dinamizar o património religioso, a “policromia está bem conservada” e apenas a madeira “está em muito mau estado”, devido à humidade e ao “ataque biológico” do caruncho, inseto que corrói a madeira.

A prioridade será agora estabilizar os materiais a fim de travar o processo de degradação, estando também prevista “alguma reintegração cromática para tentar unificar a imagem e ficar agradável à vista”, explicou.

A Igreja Matriz de Santa Maria do Castelo foi fundada pela Ordem de Santiago após a tomada de Tavira aos mouros, em 1241, ocupando o lugar da antiga mesquita.

Ao longo dos séculos conheceu várias campanhas de obras, tendo o terramoto de 1755 provocado graves danos no templo, justificando a sua reconstrução a partir de 1790.» in https://zap.aeiou.pt/desvendado-em-igreja-de-tavira-achado-que-esteve-escondido-cerca-de-200-anos-448651

#portugal    #tavira    #igrejasantamariadocastelo    #pinturadecorativa

26/12/15

Cidade de Felgueiras - Um lindíssimo azulejo, numa casa abandonada, junto à Ponte do Arco, com a inscrição: mater purissima ora pro nobis.


(Mater puríssima ora pro nobis)



«Ladainha da Santíssima Virgem

Senhor, tende piedade de nós.
Jesus Cristo, tende piedade de nós.
Senhor, tende piedade de nós.

Jesus Cristo, ouvi-nos.
Jesus Cristo, atendei-nos.

Pai celeste que sois Deus, 
tende piedade de nós.
Filho, Redentor do mundo, que sois Deus, 
tende piedade de nós.
Espírito Santo, que sois Deus, 
tende piedade de nós.
Santíssima Trindade, que sois um só Deus, 
tende piedade de nós.

Santa Maria, rogai por nós.
Santa Mãe de Deus,
Santa Virgem das Virgens,
Mãe de Jesus Cristo,
Mãe da divina graça, 
Mãe puríssima, 
Mãe castíssima, 
Mãe imaculada, 
Mãe intacta, 
Mãe amável, 
Mãe admirável,
Mãe do bom conselho,
Mãe do Criador, 
Mãe do Salvador, 
Virgem prudentíssima,
Virgem venerável, 
Virgem louvável, 
Virgem poderosa, 
Virgem clemente, 
Virgem fiel, 
Espelho de justiça, 
Sede de sabedoria, 
Causa da nossa alegria, 
Vaso espiritual, 
Vaso honorífico, 
Vaso insigne de devoção, 
Rosa mística, 
Torre de David, 
Torre de marfim, 
Casa de ouro, 
Arca da aliança, 
Porta do céu, 
Estrela da manhã, 
Saúde dos enfermos, 
Refúgio dos pecadores,
Consoladora dos aflitos, 
Auxílio dos cristãos, 
Rainha dos anjos, 
Rainha dos patriarcas, 
Rainha dos profetas, 
Rainha dos apóstolos, 
Rainha dos mártires, 
Rainha dos confessores,  
Rainha das virgens, 
Rainha de todos os santos, 
Rainha concebida sem pecado original,
Rainha elevada ao céu, 
Rainha do sacratíssimo Rosário, 
Rainha da paz,

Cordeiro de Deus, que tirais os pecados do mundo,
perdoai-nos Senhor.
Cordeiro de Deus, que tirais os pecados do mundo,
ouvi-nos Senhor.
Cordeiro de Deus, que tirais os pecados do mundo,
tende piedade de nós.

V. Rogai por nós, Santa Mãe de Deus,

R. Para que sejamos dignos das promessas de Cristo.

Oremos.
Senhor Deus, nós Vos suplicamos que concedais aos vossos servos perpétua saúde de alma e de corpo; e que, pela gloriosa intercessão da bem-aventurada sempre Virgem Maria, sejamos livres da presente tristeza e gozemos da eterna alegria.
Por Cristo Nosso Senhor.

Amém.

(no mês de outubro)

V. Rogai por nós, Rainha do Sacratíssimo Rosário,
R. Para que sejamos dignos das promessas de Cristo.» in https://sc.wikipedia.org/wiki/Litanias_lauretanas



07/04/15

Arte Religiosa - O Monóptero de São Gonçalo em Mogadouro, Arquitetura Religiosa, Maneirista.



«Monóptero de São Gonçalo
IPA.00000692

Arquitectura religiosa, maneirista. Nicho de planta circular composto por soco com vários degraus, sobre o qual assentam seis plintos paralelepipédicos com colunas salomónicas, de capitéis jónicos, sobrepostas por entablamento e remate em platibanda balaustrada, encobrindo o arranque da cobertura em cúpula que, no interior, cobria a imagem central. A construção inspira-se nos templetes clássicos.
Número IPA Antigo: PT010408120037

Descrição
Planta circular composta por soco formado por quatro degraus, com toro e escócia invertidos, sobre o qual se dispõem seis plintos paralelepipédicos, com o remate das faces laterais mais largo e a face posterior menos cuidada, onde assentam seis colunas salomónicas, de 1.90m de altura, de capitéis jónicos. Nas colunas, apoia-se duplo entablamento circular, de 3.00m, com vários frisos e cornijas, mais salientes no enfiamento das colunas, sobre o qual se desenvolve platibanda em balaustrada de cantaria, com acrotérios no alinhamento das colunas, constituindo o remate superior. A balaustrada encobre o arranque de uma cúpula semi-destruída, em tijolo, com vestígios de reboco. No interior, encostados a cada plinto surgem elementos de cantaria frontalmente afeiçoados e perece terem existido bancos de cantaria. Possui pavimento de lajes tendo ao centro uma cavidade rectangular, de 0.87 x 0.58, onde estaria implantada a base da imagem de São Gonçalo.

Acessos
Largo da Quinta Nova, Quinta da Nogueira

Protecção
MIP - Monumento de Interesse Público / ZEP, Portaria nº 647/2012, DR, 2.ª série, n.º 212, de 02 novembro 2012

Grau
1 – imóvel ou conjunto com valor excepcional, cujas características deverão ser integralmente preservadas. Incluem-se neste grupo, com excepções, os objectos edificados classificados como Monumento Nacional.
Enquadramento
Rural, isolado, nas proximidades da Ribeira de São Gonçalo. Insere-se no Lg. da Quinta Nova, na confluência com a Quinta da Nogueira, a qual é envolvida por altos muros e conserva dois altos portais de acesso. O monóptero implanta-se adaptado ao declive do terreno, envolvido por área circular pavimentada a pedras soltas miúdas, sendo enquadrado por árvores de grande porte; na proximidade, existe uma pequena construção.

Descrição Complementar
Utilização Inicial
Religiosa: nicho
Utilização Actual
Cultural e recreativa: marco histórico-cultural
Propriedade
Privada: pessoa singular

Época Construção
Séc. 17 / 18 (conjectural)

Cronologia
Séc. 15 - A "Villa" de Mogadouro passa a ter como donatário os Távoras; 1571, 8 Junho - nas casas em que repousava Luís Álvares de Távora, do Conselho do Rei e Senhor da vila de Mogadouro, autorizou com D. Filipa de Vilhena, a construção de uma ermida na sua Quinta de Negrão Frio, no termo da vila de Penas Róias, com invocação de São Gonçalo, onde se pudesse dizer missa, pelo ermitão da ermida de Santiago do termo da vila de Mogadouro, Fernando Álvares; para se poder refazer e consertar a capela quando necessário, os senhores hipotecavam tudo o que na altura rendia a dita quinta de Negrão Frio e as outras duas terras que estavam junto da quinta, estipulando também que os ditos senhores e seus sucessores do morgado sejam sempre padroeiros da dita ermida, podendo apresentar ermitão depois do falecimento de Fernando Álvares e tirá-los quando quisessem, não podendo Fernando Álvares pôr em sua vida ali outro ermitão; Fernando Álvares aceitou a doação e comprometeu-se a fazer a capela na quinta à sua própria custa; posteriormente, um documento da História do Bispado de Miranda refere que dentro da propriedade da Casa de Távora ficou a dita igreja que se mandou arruinar ficando somente a capela-mor, que de momento serve para se recolherem os gados e em memória da devoção que os lugares vizinhos tinham ao santo, erigiu o Senhor um "capitel" sobre colunas salomónicas em que está a imagem de São Gonçalo, obra de alabastro, mas com a impossibilidade de nela se dizer missa; séc. 17 / 18 - provável construção do monóptero pelos Távoras, dedicado a São Gonçalo, possivelmente para abrigo de caçadores, onde estes oravam e agradeciam a caçada, na confluência da Quinta da Nogueira, no tempo uma reserva de caça grossa, e a Quinta Nova, mas onde era impossível dizer-se missa, conforme o documento refere; 1958 - segundo Moraes Machado "até mesmo a estátua do famoso patrono, esculpida em dura e escura pedra, desapareceu em época recente..."; 1993, 21 junho - proposta de classificação de particular; 26 agosto - proposta de abertura do processo de classificação da DRPorto; 31 agosto - despacho de abertura do processo de classificação do Vice-Presidente do IPPAR; 2001, 29 junho - proposta da DRPorto para a classificação como Imóvel de Interesse Público; 2011, 18 abril - nova proposta da DRCNorte para a classificação como Monumento de Interesse Público e estabelecimento de Zona Especial de Proteção; 05 dezembro - parecer favorável à classificação do imóvel e estabelecimento de Zona Especial de Proteção da SPAA do Conselho Nacional de Cultura; 2012, 14 março - Anúncio n.º 5711/2012, DR, 2.ª série, n.º 53, do projeto de decisão relativo à classificação como Monumento de Interesse Público e fixação da respectiva Zona Especial de Protecção.

Dados Técnicos
Sistema estrutural de paredes portantes.

Materiais
Estrutura em cantaria de granito; cobertura em cúpula de tijolo revestida superiormente a argamassa e interiormente rebocada; pavimentos e degraus em granito.

Bibliografia
ALVES, Francisco Manuel, Memórias Arqueológico - Históricas do Distrito de Bragança, vol. 10; Guia de Portugal, vol. 5, Coimbra, 1988; MACHADO, Casimiro de Moraes, O Culto do Beato Fr. Gonçalo de Amarante, Boletim da C. de Etnografia e História, série VII - VIII, Porto, 1958; MOURINHO, António Rodrigues, Documentos para o estudo da arquitectura religiosa na antiga diocese de Miranda do Douro - Bragança, 1545 a 1800, s.l., Tipalto - Tipografia do Planalto, Lda. 2009.

Observações
A imagem que dizem ter existido no centro da construção terá sido roubada e levada para uma aldeia das redondezas.

Autor e Data
Isabel Sereno 1998 / Paula Noé 2011» in http://www.monumentos.pt/Site/APP_PagesUser/SIPA.aspx?id=692
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