23/02/12

Criminalidade - O Amigo de Sócrates e de Vara, José Godinho, também levantou os carris da Linha do Tâmega...




«Face Oculta: Arguido da REFER acusa ex-subalterno de mentir


Testemunha chave deu conta de favorecimentos para Manuel Godinho levantar carris de linhas desativadas do Tua e de Amarante, o que vai levar arguido visado a quebrar o silêncio.


O depoimento de Alberto Aroso, engenheiro da REFER que trabalhou no eixo Porto - Pocinho, ontem ao tribunal de Aveiro, como testemunha de acusação no processo Face Oculta, para vingar crimes de corrupção e burla, entre outros, imputados pelo Ministério Público (MP) vai ser posto em causa.


Manuel Godinho, que trocaria contrapartidas por favorecimentos, conseguiu, através das suas empresas Sociedade de Empreiteiros Ferroviários (SEF) e O2, sem autorização da administração da ferroviária, e mesmo através de furtos, levantar carris.


Alberto Aroso denunciou o seu superior hierárquico à data dos factos, o arguido Silva Correia, ex-coordenador do eixo Douro e Minho, com a gestão das linhas desativadas do Tâmega e do Tua.


O engenheiro alegou ter sido “abordado” pelo chefe para adulterar guias de remessa de cerca de 500 toneladas, sobretudo carris, levantados da linha do Tâmega, para 100 toneladas, lesando os interesse da ferroviária em favor de Manuel Godinho, que não aceitava a pesagem.


Alberto Aroso admitiu ter sentido receio de fazer queixa do superior, agora acusado de corrupção, participação económica em negócio e burla. “Até certo ponto, tive medo”, disse, recordando que Silva Correia considerava Manuel Godinho “uma pessoa influente e com acesso a pessoas importantes”. Acaba por não ceder e é com base nos seus apontamentos de supostas ilegalidades que o MP quer provar relações previlegiadas entre Manuel Godinho e o responsável da REFER.


António Esteves, advogado de Silva Correia, garantiu no final da audiência de ontem que a conversa relatada “não existiu materialmente”. O cliente pretende esclarecer o tribunal, tendo por isso requerido ao juiz presidente Raul Cordeiro para quebrar o silêncio a que se remeteu, o que pode suceder hoje.


Explicará a discrepância de valores dos levantamentos na linha do Tâmega, de 500 para 100 toneladas, pelas divergências entre pesagens da REFER e da O2 comunicadas superiormente. Por isso, procurou saber junto do subalterno “afinal qual era a realidade”.


Ontem à tarde, começou a depor José Moutinho, ex-diretor da Zona Operacional do Porto (ZOP), superior do arguido Silva Correia. Desvalorizou a ausência de autorizações da administração em trabalhos de urgência ou sem concurso. Aconteciam com frequência nos troços em causa. Mesmo depois de se “mandar parar obras” certos trabalhos continuavam “15 dias depois”, para que os pagamentos fossem maiores.


A acusação contabiliza prejuízos de 1,6 milhões de euros para a REFER à conta de Manuel Godinho que foi caracterizado pela testemunha José Moutinho por ter uma “técnica especial”: fazia “aparecer máquinas” nos locais “em poucas horas”, com versatilidade que a concorrência não tinha.» in http://www.noticiasdeaveiro.pt/pt/24603/face-oculta-arguido-da-refer-acusa-exsubalterno-de-mentir/


(Face Oculta: Mesmo preso Manuel Godinho ganhou contrato)

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